Medo do escuro
Pois bem, este foi um dos maiores problemas que enfrentei em criança, em adolescente e já mulher feita, é verdade...
Aos 10 anos (mais coisa menos coisa) fiz um tratamento por causa do medo, já não me lembro a que fui sujeita, acho que fizeram experiências com o meu cérebro (brincadeira), mas não correu bem, porque o medo não foi embora, ficou e fez de mim a maior "mariquinhas" de sempre, contudo obviamente, tive que arranjar estratégias para que a minha vida debaixo dos lençóis enquanto esperava pelo "chico escuro" pudesse funcionar nas devidas condições, desde candeeiros ligados a noite toda com panos por cima a minimizar a intensidade da luz, sujeitos a incendiar, desde gritar pelo nome da minha mãe a meio da noite porque ouvia passos, via sombras, até, e esta foi a que durou até aos 31 anos de idade (é uma vergonha eu sei, mas é a verdade), a porta do quarto aberta e a luz do corredor sempre acesa, basta dizer que a minha mesada nunca foi aumentada, desde miúda, devido aos gastos excessivos de electricidade que a minha mãe tinha todos os meses :-)
Às vezes dava por mim a pensar, um dia quando tiver um filho, medricas como sou, como lhe vou incutir segurança, depois lembrava-me que o meu filho teria um pai que lhe havia de ensinar como não ter medo, e que não existe o homem do saco, nem o papão debaixo da cama...(eu ainda tenho as minhas dúvidas, mas...)
Agora, como não durmo sozinha, não preciso de luzes acesas, sinto-me segura e escuso de gritar pela minha mãe, também acho que não adiantava, é impossível ouvir-me a alguns Km de distância...mas desenvolvi bastante as minhas cordas vocais ao longo de todos estes anos.
E vocês??? Não acredito que sou a única "mariquinhas"...
Da sempre Purpurina
Aos 10 anos (mais coisa menos coisa) fiz um tratamento por causa do medo, já não me lembro a que fui sujeita, acho que fizeram experiências com o meu cérebro (brincadeira), mas não correu bem, porque o medo não foi embora, ficou e fez de mim a maior "mariquinhas" de sempre, contudo obviamente, tive que arranjar estratégias para que a minha vida debaixo dos lençóis enquanto esperava pelo "chico escuro" pudesse funcionar nas devidas condições, desde candeeiros ligados a noite toda com panos por cima a minimizar a intensidade da luz, sujeitos a incendiar, desde gritar pelo nome da minha mãe a meio da noite porque ouvia passos, via sombras, até, e esta foi a que durou até aos 31 anos de idade (é uma vergonha eu sei, mas é a verdade), a porta do quarto aberta e a luz do corredor sempre acesa, basta dizer que a minha mesada nunca foi aumentada, desde miúda, devido aos gastos excessivos de electricidade que a minha mãe tinha todos os meses :-)
Às vezes dava por mim a pensar, um dia quando tiver um filho, medricas como sou, como lhe vou incutir segurança, depois lembrava-me que o meu filho teria um pai que lhe havia de ensinar como não ter medo, e que não existe o homem do saco, nem o papão debaixo da cama...(eu ainda tenho as minhas dúvidas, mas...)
Agora, como não durmo sozinha, não preciso de luzes acesas, sinto-me segura e escuso de gritar pela minha mãe, também acho que não adiantava, é impossível ouvir-me a alguns Km de distância...mas desenvolvi bastante as minhas cordas vocais ao longo de todos estes anos.
E vocês??? Não acredito que sou a única "mariquinhas"...
Da sempre Purpurina