Amormaisqueperfeito
Um dia o amor virou-se para a amizade e perguntou: - Para que existes tu se já existo eu? A amizade respondeu: - Para repôr um sorriso onde tu deixaste uma lágrima.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
O Regresso...
Depois de alguma ausência, também devido à recuperação, estou de volta, e fresca como uma alface...
Pois bem, consegui chegar inteira a Fátima, mas com os pés a pedir descanso, muito descanso, mas sem bolhas, é verdade meus amigos, não fiz nem uma bolhita nos meus pés tamanho 40.
A primeira etapa, até S.João da Madeira foi terrivel, para mim a pior de todas elas, fiquei com os pés assados, tipo frango quando sai do forno depois de estar lá dentro quase duas horas, os músculos das pernas, bem esses acho que se esqueceram que eram músculos e quase que se suicidaram, pois deixei de os sentir, de os ver, acho que quando cheguei a S. João da Madeira doía-me tudo menos o cabelo... e só conseguia mexer os olhos.
As etapas seguintes foram dolorosas e o calor não ajudou muito, apesar de começar a caminhar às 2h/3h da manha, mas os km eram mais que muitos e terminávamos sempre por volta da hora do almoço, por isso com o calor e sol que apanhei fiquei, digamos que...diferente, nem sei se parecia um trolha ou um código de barras, pois estava branca no tronco e pernas e morena na cara, peito e braços.
E por falar em doloroso, terrivel é lutar contra o cansaço e com este lutar contra o sono, sim tendo em conta que dormíamos cerca de 4 horas por dia, tive madrugadas que alucinei, vi e subi degraus que não existiam, vi cabeças dentro de mochilas a sorrir para mim, que não existiam, e digo-vos parecia que tinha bebido 500 Lts de vinho, porque andava toda torta, mas era mesmo do sono e do cansaço...sim porque já deixei o alcoól há muito tempo (mentira continuo a beber bagaço ao pequeno almoço).
Durante este desafio conheci pessoas incrivéis, com vidas tão diferentes da minha, com passados tão marcantes mas com o mesmo objectivo que eu, chegar ao destino, a Fátima... e tanto que nos ajudamos uns aos outros... cantamos, fizemos a onda, rimos, choramos, já para não falar na quantidade de pequenos almoços que tomavamos durante a noite, cerca de 3.
Mas se vos disser que dei por mim numa das manhãs, 9h30m para ser mais precisa, a comer sopa de pedra, bifana acompanhada pela bela da cerveja, e no fim uma rabanada... não acreditam, mas é verdade, aliás até disse-me à minha mãe: "Mãe não é suposto ser esta a hora do leite e da torrada?"... mas que bem que soube.
Mas depois de muitas aventuras lá chegamos todos, sem nenhuma desistência, foi uma entrada triunfante deste grupo unido do início ao fim e por este motivo ganhei para sempre amigos, e estou certa que também ganharam uma boa amiga, e a comprovar isso, na próxima 6ªfeira lá estaremos todos num grande jantar para ver as fotos e matar as saudades que já são muitas...
E mais vos digo...para o ano lá vou eu outra vez...
"Olha Balongo...Balongo??? óóó Balongo...." (esta é uma piada interna)
Da sempre vossa Purpurina
sexta-feira, 4 de maio de 2007
Do Porto a Fátima
Para os que não sabem, este ano vou a pé até Fátima, com um grupo de 52 pessoas.
A peregrinação começa amanhã, sábado, 6 de Maio e termina, se tudo correr conforme o previsto dia 11 de Maio, 274 Km a pé, durante a noite e distribuidos pelas seguintes etapas:
1º dia - Porto ----- S. João da Madeira;
2º dia - S. João da Madeira ----- Albergaria;
3º dia - Albergaria -----Mealhada;
4º dia - Mealhada ----- Coimbra;
5º dia - Coimbra -----Pombal;
6º e última dia - Pombal ----- Fátima.
Nunca na vida achei que teria resistência para abraçar este desafio, mas cheguei à conclusão que tenho para isto e para muito mais.
Mas para além disto, queria agradecer (já devem ter reparado que sou a moça dos agradecimentos) aos amigos que, acreditando ou não na vontade que demonstrei em concretizar esta ida a Fátima, me deram todo o apoio, estando ao meu lado, através de mensagens e telefonemas cheios de amizade, palavras de conforto e de confiança, para todos eles a minha amizade sempre e para sempre.
Obrigada por tudo e vou ficar à espera que durante estes dias me façam companhia, quanto mais não seja em pensamento, porque acreditem que vou levar todos comigo, no meu coração, afinal de contas e como diz a Mãe Fernanda, tenho um coração muito grande com espaço para muitos outros corações.
Da sempre vossa Purpurina...